quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Latência (cíclica)

Deitou-se e mergulhou em sua solidão. Era incrível ficar inerte em seu mundo apenas. Transfigurar-se de modo a ser ou não, só dependia de si. Tornou-se borboleta, experimentou a sensação da liberdade, voou, voou e voou... mas tornou ao chão. A liberdade é um estado de espírito, nada mais, nada além, é só. E é sabido, a consciência é aterradora e pertubadora. Divagou até voltar ao estado latente sem perceber, que no estado de liberdade, refigiou-se dentro de si.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Dama Perdida

Uma imagem prazerosa, hoje a dama dos versos esteve longe. Ela sonhou, sonhou com tanta fantasia e desespero, voltou a lua para fica só um pouco e distante na medida exata.
Pensou ter visto de lá, uma mensidão de outras pessoas, a imagem de seu quadro parecia bonita, na verdade, sua imagem junto ao seu quadro eram hiptonizantes, tudo muito ilusório..
Quando voltou cheia de conclusões, versos e esperança, se deparou com outro quadro, o que os outros haviam pintado da realidade, ela quis fugir, se esconder para que ninguém soubesse à que mundo pertencera, mas no caminho, encontrou algumas flores, as quais ela seguiu a trilha até chegar à um lindo e grande jardim, ele era lindo, tinha pássaros a toda parte, flores lindas, e todos os cheiros numa unção de prazer, alegria, emoção, todos os sentimentos mais puros em um só lugar, os mais belos quadros estavam ali, como em um blues, era calmo e lindo de se escutar. 
De seus olhos, a dama pecebeu, saíram lágrimas, o que ela fez então, foi ficar ali, caída ao chão, exausta com o impacto de seus sonhos à realidade..  eternamente.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Mais uma vez..

Eu queria lhes contar histórias bonitas, alegres e cheias de vida, mas a que segue é somente mais uma despedaçada..
Ele foi encontrado em meio ao sangue, nada de indícios ou qualquer pista, era apensar um corpo, corpo de um homem desconhecido e pouco simpático, ao seu lado apenas um bilhete escrito ''eu te amo'', letra bonita de computador, certamente quem o escreveu não queria que soubesse que fora ele, ou ela; o bilhete continha um perfume tão doce quanto enfático, uma mulher certamente muito corajosa e desafiadora, pensavam consigo os meros civis, inultimente diga-se de passagem, pois jamais imaginariam que alguém além deles estivesse investigando..
Ela os observava do alto, bem longe para ela, era o corpo de seu amado, morto agora, ela sabia não merecer isto, ela queria ter se deixado levar desta vez, ela pensava na próxima vez, como seria matar o amor
mais uma vez..

quinta-feira, 2 de abril de 2009

abandonada

agora vou sair com john e johnson
meus amigos imaginarios
vou fazer uma viagem lunática
voar até a lua e as estrelas
lá que eu quero estar
olhar de lá o mundo
e não participar desse caos
fugir, fugir
ir pra aquela casa abandonada
que já se mistura aos galhos das árvores
seu teto já desabou
ah, minha cabeça já desabou
não quero minha vida
não quero ter alguém
john e johnson são legais
eles me ouvem
eles não me magoam, nem mentem para mim
mas me entediam as vezes
estou aqui, na minha casa escura 
abandonada, só ouço o silêncio
e os ratos de vez em quando
o barulho do esgoto
o mau cheiro
tudo muito familiar
tudo familiar de mais
john, johnson, meus amigos venham comigo beber
o fundo do copo, daqui desse lugar sem luz
parece mais obscuro ainda
agora fiquem aqui comigo
me alcancem o cigarro por favor, me acompanhem esta noite.



PS: texto totalmente fictício

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Não é isso



E ver a estrada se dividir em dois caminhos
A trilha se dividir continuamente, só vendo as grandes e belas árvores ao teu alcance
Mas não é isso que você quer
Mesmo estando longe e sendo escuro ainda
Não é isso



Ver os dias se passarem diante das velhas estradas de tulipas
Seus pés descalços, perto do fogo, diante 
do perigo, de grandes olhos abertos
Não há mais forças, é preciso alguém
Só alguém.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Sem forças, um ato.

Sentada diante do fogo
Ela via o sangue que havia causado
Seus olhos mareados não acreditavam no que havia sido capaz
Sempre fora fraca de mais para pedir ajuda
A canção tomou conta de seus ouvidos 
Aquela canção triste de se lembrar
O dia estava pintado de medo
Hey, você
Não pense que ela não mereça perdão
Um dia enfeitado de morte irá lhe dizer
A história não começou ontem